26 de jul. de 2009

Chile, terra de turismo e pensadores

O programa dos Caçadores de Aventuras deste domingo mostrou a cidade de Santiago, capital do Chile.

E no próximo programa o apresentador mostrará a estação de esqui de Chillan!

Ainda não estive no Chile, mas tenho vontade de conhecer a terra natal de importantes pensadores latinos como:

Fernando Flores, engenheiro civil, Ministro de Fazenda e Economia durante o Governo do Salvador Allende, oportunidade que utilizou para colocar em prática o projeto nacional chamado Cybersyn, destinado a aplicar a cibernética a gestão de um setor industrial do Chile, colocando em prática sua tese de que mais importante que o seu poder de processamento dos computadores é o seu pode de coordenar ações. Durante a ditadura do Augusto Pinochet, ficou preso entre 1973 à 1976 e logo de receber sua soltura se exiló em Palo Alto California, Estados Unidos.

Durante su residência en el exilio, Flores tornou-se Doutor em Filosofia da Linguagem na Universidad de Berkeley, com a colaboração e orientação de Hubert Dreyfus, Stuart Dreyfus, John Searle y Ann Markussen defendendo sua tese doutoral "Comunicação e Gestão na Oficina do Futuro" que foi a base para o que ele denominou "conversações para a ação", através dos pedidos, promessas e do cumprimento dos compromissos entre as pessoas, e onde sustenta que a importância dos computadores consiste em maior parte na facilitação do trabalho de coordenação das pessoas em lugar do simples trabalho de processamento de dados.

Humberto Maturana, biólogo (Neurobiologia) chileno, crítico do Realismo Matemático e criador da teoria da autopoiese e da Biologia do Conhecer, junto com outro chileno o Francisco Varela, e faz parte dos propositores do pensamento sistêmico e do construtivismo radical.

Sua teoria e forma de pensar acabam com o antigo dualismo mente-corpo, ao identificar o processo do viver com o processo cognitivo, e descrevendo organismo e sistema nervoso como sistemas fechados em sua organizaçao, e determinados estruturalmente.
O resgatar as emoçoes dentro duma deriva cultural que tem escondido as emoçoes, por ir contra da razao, é uma das aberturas de olhar propostas por Maturana, pois dá conta que a deriva natural do ser humano como un ser vivo particular, tem um fundamento emocional que determina esta deriva. O amor é a emoçao que sustenta, funda o humano em tanto é o fundamento da recorrencia de encontros na aceitaçao do outro, como legitimo outro que da origen à convivencia social e por tanto à possibilidade de constituçao da linguagem, elemento constitucional do viver humano. É co-fundador e docente do Instituto de Formaçao Matríztica, em Santiago de Chile, onde trabalha com Ximena Dávila (co-fundadora e docente) no desenvolvimento da dinamica da Matriz Biológico-cultural da Existencia Humana.

"Dizem que nós, seres humanos, somos animais racionais. Nossa crença nessa afirmação, nos leva a menosprezar as emoções e a enaltecer a racionalidade, a ponto de querermos atribuir pensamento racional a animais não-humanos, sempre que observamos neles comportamentos complexos. Nesse processo, fizemos com que a noção de realidade objetiva, se tornasse referência a algo que supomos ser universal e independente do que fazemos, e que usamos como argumento visando a convencer alguém, quando não queremos usar a força bruta." (extraído do livro "A Ontologia da Realidade" de Humberto Maturana - Ed. UFMG, 1997)

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